Como todos os outros anos, esse teve fim também, chegou rápido demais. É como se a gente tivesse fechado os olhos e quando decidimos abrir, o ano acabou.
Foi um ano bom, não só na escola, 2011 foi o ano. O ano de descobertas, e de fazer coisas que eu nunca pensei que teria feito, muitas coisas valeram a pena, e outras, nem tanto assim, mas foi necessário viver certas coisas ruins, para aprender a dar valor para as coisas boas.
Ano que vem, todos nós iremos nos separar, talvez alguns ainda estejam estudando juntos, mas eu sei que muitos vão se separar, tem uns que vão deixar saudades, e outros que a gente nem vai lembrar o nome quando passar na rua.
Mas a saudade é uma prova de que os anos que passamos todos unidos, brigando, nos divertindo, valeram a pena. Quero agradecer a todos vocês, por terem me aturado brigando, e incomodando durante esse e anos passados.
Desejo tudo de bom, para todos. Apesar das discussões, vocês foram bons colegas, bons amigos.
Acreditem, 2012 vai superar 2011, não só para mim, para todos vocês. E que se vá 2011.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Elaboramos um trabalho a respeito do livro a Revolução dos Bichos, sobre o qual fizemos uma critica e postamos no Blog. Nosso trabalho foi um teatro. Foi bom, diferente de todos os trabalhos que já tivemos em sala, e em todas as outras disciplinas. Tiveram muitos pontos positivos, ao trabalhar com um assunto um pouco complicado fica difícil para muitos conseguirem entender sobre. O teatro facilitou para muitos, e para mim também. Foi algo sério, e divertido ao mesmo tempo. Tinhamos o nosso tempo sério, e na hora dos ensaios, percebemos que valia a pena todas aquelas nossas aulas em grupo, discutindo, brincando, e trabalhando. Para mim, foi a melhor forma de recuperar uma nota.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Resenha
Cartas para Julieta (Filme)
Direção: Gary Wnick
Elenco: Amanda Seyfied, Vanessa Redgrave, Gael Garcia Bernal, Franco Neto
Ano: 2010
Gênero: Romance
Verona... Ah Verona, a cidade do amor, onde as cartas são escritas na espera de respostas curadoras, palavras que amenizam a dor das jovens moças que já tão cedo sofrem por amor. Sophie (Amanda Seyfied), uma garota com um dom maravilhoso para escrever histórias, embarca em uma “lua de mel” antes do casamento com seu noivo Victor (Gael Garcia Bernal) para a Itália – Verona. Victor, está sempre muito entusiasmado em aprender a cozinhas novos pratos para abrir seu restaurante, disposto a comprar novos vinhos, e tudo que possa ser útil para que seus negócios corram bem, deixa que sua noiva visita a casa da Julieta enquanto ele participa de um Leilão de Vinhos.
Durante a visita á casa de Julieta, Sophie conhece as secretárias de Julieta, e então decide passar com elas os dias que seu noivo estará fora. No fim do dia ao recolher as cartas escritas pelas moças da cidade, Sophie encontra uma carta escrita há 50 anos e decide que esta carta, ela mesma iria responder, e então uma nova aventura começa. Será que escreveu a carta há 50 anos, recebeu a carta em resposta de Sophei? E se recebeu, seguiu os conselhos da secretária de Julieta?
Caroline S
Direção: Gary Wnick
Elenco: Amanda Seyfied, Vanessa Redgrave, Gael Garcia Bernal, Franco Neto
Ano: 2010
Gênero: Romance
Verona... Ah Verona, a cidade do amor, onde as cartas são escritas na espera de respostas curadoras, palavras que amenizam a dor das jovens moças que já tão cedo sofrem por amor. Sophie (Amanda Seyfied), uma garota com um dom maravilhoso para escrever histórias, embarca em uma “lua de mel” antes do casamento com seu noivo Victor (Gael Garcia Bernal) para a Itália – Verona. Victor, está sempre muito entusiasmado em aprender a cozinhas novos pratos para abrir seu restaurante, disposto a comprar novos vinhos, e tudo que possa ser útil para que seus negócios corram bem, deixa que sua noiva visita a casa da Julieta enquanto ele participa de um Leilão de Vinhos.
Durante a visita á casa de Julieta, Sophie conhece as secretárias de Julieta, e então decide passar com elas os dias que seu noivo estará fora. No fim do dia ao recolher as cartas escritas pelas moças da cidade, Sophie encontra uma carta escrita há 50 anos e decide que esta carta, ela mesma iria responder, e então uma nova aventura começa. Será que escreveu a carta há 50 anos, recebeu a carta em resposta de Sophei? E se recebeu, seguiu os conselhos da secretária de Julieta?
Caroline S
Resenha
Cartas para Julieta (Filme)
Direção: Gary Wnick
Elenco: Amanda Seyfried, Vanessa Redgrave, Gael Garcia Bernal, Franco Neto
Ano: 2010
Gênero: Romance
No romance Cartas para Julieta, Sophie (Amanda Seyfied) é uma jovem descobridora de fatos, que sonha em ser jornalista e escrever suas próprias histórias, porém, ela tem medo de falar com seu chefe, pedir uma chance e mostrar seu trabalho.
Sophie viaja para Itália com seu noivo Victor (Gael Garcia Bernal), no que era para ser uma pré-lua de mel, mas ele está mais preocupado em conseguir vinhos, aprender receitas, e comprar utensílios para o seu restaurante em New York, do que prestar atenção em sua noiva, que se vê obrigada a visitar os pontos turísticos sozinha.
Durante uma visita a “Casa de Julieta” Sophie conhece mulheres que se denominam secretárias de Julieta. Essas mulheres respondem as dezenas de cartas escritas á Julieta e deixadas na casa. Já que Victor viajou a um leilão, Sophie ficou com suas novas amigas.
Enquanto ela ajudava a recolher as cartas, achou uma que havia sido escrita há 50 anos por uma mulher chamada Claire (Vanessa Redgrave), que tinha vivido uma grande paixão, porém teve que escolher entre seu amor ou família, e ela escolheu sua família, deixando sua paixão a esperando para fugir. Depois de ler a carta de Claire a Julieta, Sophie se sentiu no dever de respondê-la, mesmo sendo tão tarde.
Após alguns dias, Claire aparece acompanhada de seu neto Charlie (Franco Neto), e os três partem para uma emocionante viagem em busca do grande amor de Claire, mesmo seu neto não gostando nada da ideia.
Sophie e Charlie que se odiavam á primeira vista, começaram a se conhecer melhor e acabaram se apaixonando, á Sophie sobrou a difícil decisão de arriscar tudo para ser com Charlie ou não estragar o seu noivado com Victor.
Neste emocionante romance, nos perguntamos se realme3nte vale a pena correr atrás de um antigo, porém verdadeiro amor, mesmo tendo passado tanto tempo, será que ele ainda será que eles ainda podem ser felizes após 50 anos separadas! Dizem que o amor resiste a tudo, será que esse resistiu?
AO final do filme, são poucos os que não suspiram emocionados ou até mesmo se entregam as lágrimas depois de uma história de amor.
Ana Mara
Direção: Gary Wnick
Elenco: Amanda Seyfried, Vanessa Redgrave, Gael Garcia Bernal, Franco Neto
Ano: 2010
Gênero: Romance
No romance Cartas para Julieta, Sophie (Amanda Seyfied) é uma jovem descobridora de fatos, que sonha em ser jornalista e escrever suas próprias histórias, porém, ela tem medo de falar com seu chefe, pedir uma chance e mostrar seu trabalho.
Sophie viaja para Itália com seu noivo Victor (Gael Garcia Bernal), no que era para ser uma pré-lua de mel, mas ele está mais preocupado em conseguir vinhos, aprender receitas, e comprar utensílios para o seu restaurante em New York, do que prestar atenção em sua noiva, que se vê obrigada a visitar os pontos turísticos sozinha.
Durante uma visita a “Casa de Julieta” Sophie conhece mulheres que se denominam secretárias de Julieta. Essas mulheres respondem as dezenas de cartas escritas á Julieta e deixadas na casa. Já que Victor viajou a um leilão, Sophie ficou com suas novas amigas.
Enquanto ela ajudava a recolher as cartas, achou uma que havia sido escrita há 50 anos por uma mulher chamada Claire (Vanessa Redgrave), que tinha vivido uma grande paixão, porém teve que escolher entre seu amor ou família, e ela escolheu sua família, deixando sua paixão a esperando para fugir. Depois de ler a carta de Claire a Julieta, Sophie se sentiu no dever de respondê-la, mesmo sendo tão tarde.
Após alguns dias, Claire aparece acompanhada de seu neto Charlie (Franco Neto), e os três partem para uma emocionante viagem em busca do grande amor de Claire, mesmo seu neto não gostando nada da ideia.
Sophie e Charlie que se odiavam á primeira vista, começaram a se conhecer melhor e acabaram se apaixonando, á Sophie sobrou a difícil decisão de arriscar tudo para ser com Charlie ou não estragar o seu noivado com Victor.
Neste emocionante romance, nos perguntamos se realme3nte vale a pena correr atrás de um antigo, porém verdadeiro amor, mesmo tendo passado tanto tempo, será que ele ainda será que eles ainda podem ser felizes após 50 anos separadas! Dizem que o amor resiste a tudo, será que esse resistiu?
AO final do filme, são poucos os que não suspiram emocionados ou até mesmo se entregam as lágrimas depois de uma história de amor.
Ana Mara
quarta-feira, 15 de junho de 2011
A Fortaleza de Santo Antônio de Ratones começou a ser construída em 1740, segundo projeto original do Brigadeiro José da Silva Paes, funcionando como um dos vértices do sistema triangular de defesa da Barra Norte da Ilha de Santa Catarina. No Século XVIII contava com duas baterias de canhões, armadas com 14 peças de artilharia. Entre meados do Século XIX, até o início do Século XX, já em ruínas, algumas construções dessa Fortaleza foram utilizadas para a instalação de um Lazareto, que abrigou doentes contaminados por moléstias contagiosas. Posteriormente, funcionou ainda como depósito de carvão da Marinha do Brasil. Durante a década de 1980, em completo estado de abandono e de ruínas, foi palco de uma grande campanha pública pela sua preservação. Pertencente ao Ministério da Marinha e tombada como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 1938, a Fortaleza foi restaurada entre os anos de 1990 e 1991, quando passou a ser gerenciada pela Universidade Federal de Santa Catarina.
Fonte: http://www.fortalezasmultimidia.com.br/santa_catarina/index.php?data=ratones
Fonte: http://www.fortalezasmultimidia.com.br/santa_catarina/index.php?data=ratones
terça-feira, 17 de maio de 2011
A revolução dos bichos. - George Orwell
A revolução dos bichos é um livro que a nossa professora Português nos sugeriu para ler.Depois de ter lido até o quinto capitulo do livro, ela nos pediu para que fizéssemos um pequeno texto falando sobre alguma personagem que tenha nos chamado atenção. Não é que eu seja diferente de toda a turma.Mas eu não me identifiquei com este livro, não gostei do assunto e também não vi nada de interessante em nenhum personagem citado. Mas pelo que eu tenho escutado dos meus colegas, este livro parece bem interessante. Recomendo que visite o Blog dos outros alunos, para ler a critica ou os elogios dados para o livro.
Caroline de Souza
Caroline de Souza
O primeiro amor
É. não sei ao certo como chamar você, diário, caderno, agenda, mas tudo bem né.. Por enquanto você vai ser o meu amigo que eu posso contar tudo que eu sinto e tudo que eu penso e você nunca, jamais vai revelar meus segredos. Me chamo Laís, moro numa cidade pequena no interior de São Paulo, tenho uma irmã menor que eu, e outra maior.
Meus pais estão meio que separando, e não param de brigar, todos os dias têm um motivo novo para começar uma briga. Meu pai se chama Hugo e minha mãe Maria, minha mãe pegou meu pai com outra na nossa casa quando ela estava chegando do mercado, e meu pai jura de pés juntos que foi a mulher quem se ofereceu. Minha avó se chama Vera e vive sempre se metendo na relação dos meus pais, e acredite.. isso deixa minha mãe muito irritada, minha avó acha que minha mãe não é suficiente para o meu pai e que não está nem ai pra ele e sim para o dinheiro que ele tem. Bom, minha mãe está me chamando para tomar café. Beijos diário.
Fecho a porta do meu quarto, coloco a chave na minha bolsa (não deixo a chave do meu quarto em casa, tem muitas coisas comprometedoras ali) Na escada eu já escuto meus pais discutindo.
- Bom dia mãe, bom dia pai.
- Bom dia só se for pra você filha, por que pra mim não tem nada de bom, seu pai não faz nada, só sabe incomodar e não quer sair de casa.
- Maria para com isso que nossas filhas não têm nada haver.
- Como é que é Hugo? Elas não têm que saber que você estava me traindo com a faxineira do segundo andar? É isso?
- Chega Maria. Chega, não aguento mais você e suas loucuras, chega!
- Parem vocês, mas que droga, todo dia uma briga, isso cansa a gente, se não se suportam mais se separem, e para logo com essa droga de vida, isso nos atingi, isto é péssimo. - Levanto, pego uma maçã. Estou indo pra escola, tchau. -Bato a porta.
Minhas amigas estavam me esperando na praça, e então seguimos para a escola. Yasmin era a mais abusada e não tinha vergonha na cara, falava o que tinha que falar e foda-se o sentimento dos outros, Já a Bruna era diferente... Ela não queria magoar ninguém e não se metia em nada, se alguém quisesse conversar ela estava ali disposta a escutar.
E ai Laís, sua casa continua um inferno?
Ah Yasmin, a cada dia que passa as coisas ficam piores viu... Até pensei que eles iam parar com essa história de querer separar e de discutir, mas minha mãe não é fácil de lidar, quando ela pega um assunto ela vai até o fim.
Yasmin começou a rir sem parar. Eu olhei pra ela sem entender nada, e vi Bruna dando um beliscão nela.
- Do que tá rindo Yasmin? Perguntei irritada.
-Deve ser pelas brigas que você está tendo em casa que veio sem pentear o cabelo e com a blusa do pijama né?
- Caramba, esqueci de por outra blusa. Vão indo na frente que eu vou voltar pra casa e me arrumar.
- já é. Falaram as duas.
Cheguei em casa, peguei uma blusa qualquer, prendi meu cabelo sem pentear mesmo, escovei os dentes (nem isso eu tinha feito), peguei minha bolsa, e fui pra escola. A caminho da escola passou um carro e quase me levou junto, eu cai no chão, e então o cara que estava dirigindo desceu e foi ver se eu estava bem.
- Ei mina, te machuquei?
Olhei pra ele, fiquei sem fala, ele era lindo, parecia um anjo, tinha cabelos pretos, olhos verdes e um sorriso lindo.
- É.. Não tá tudo bem, eu só fiquei meio assustada, mas tá tudo bem.
-Ah que bom. Não quer que te leve no médico nem nada?
-Eric! escuto alguém chamar ele por esse nome.
Ele olha pra trás e fala que já vai.
- Bom, eu tô atrasada pra escola, então... tô indo, e desculpa por quase ter feito você me matar. Sorrio meio sem graça
- Tudo bem, eu que tenho que pedir desculpas por estar querendo aprender dirigir assim.
Ele vai indo em direção ao carro, eu levanto do chão, e sigo o caminho para a escola. Cheguei atrasada na segunda aula.
Bati na porta.
- Licença, posso entrar?
- Você está atrasada Laís. Falou a professora.
- É, eu sei, desculpa. Entrei e sentei lá trás.
Sinto alguém me cutucando. Olho para trás, e era Yasmin.
-Nossa você demorou em menina, o que estava fazendo?
-Ah aconteceu umas paradas no caminhos, depois eu te conto.
-Ah não Laís conta agora.
- Vocês duas querem conversar lá fora? Perguntou a professora
- Não professora, desculpa.
Hora do intervalo.. Esperei a Bruna e Yasmin chegarem até mim.
- Mais e ai, porque você demorou tanto Laís? me perguntou a Bruna
-Bom, eu estava vindo pra escola, meio atrapalhada e não vi o carro que estava vindo na minha frente, e então ele freou e eu me assustei e cai no chão. Depois desceu um anjo do carro, e perguntou se tinha me machucado e tal, e eu disse que não, foi só isso.
-Ele era lindo? Como ele era? Ai conta tudo, conta conta conta.
-Tudo bem Yas, calma. Bom, ele era moreno, tinha o cabelo preto, alto, forte, e tinha os olhos verdes.
Olhei para o lado e fiquei de boca aberta.
-AI MEU DEUS, NÃO, AI MEU DEUS. Yasmin e Bruna me olharam sem entender nada e perguntaram.
- O que foi Laí? Você está bem?
- Ele, ele ali, foi ele, o menino que quase me matou, foi ele cara, aquele Deus ali, foi ele juro que foi ele.
-Nossa, que lindo. Vai lá falar com ele Laí.
- Não Yasmin, você é louca? Eu em.
- Louca por que? Louca é você que não vai falar com ele.
- É você não vai mais ele está vindo para cá Laís. Falou a Bruna com um sorriso nos lábios.
-Ai meu Deus o que eu faço agora? Me ajudem, eu tenho que fugir.
- Não mesmo você vai é ficar aqui.
Vi ele se aproximando, sorrindo, parecia um anjo, acho que eu estava sonhando, eu precisava de um beliscão pra acordar, na verdade se aquilo fosse um sonho eu queria dormir pra sempre.
-Ei menina atrapalhada. Falou ele sorrindo.
-Oi menino que quase me matou. Sorri para ele sem graça
Ele começou a rir..
.-Foi mal, nem cheguei me apresentar, meu pai ficou me apressando, mas então, foi mal quase te matar viu, mal mesmo.
-Ah tudo bem, eu que sou atrapalhada mesmo. Mas qual seu nome?
- Eric, e o seu?
-Laís
- Hum, prazer então Lais
-Não, é LAÍS.
- É, mais eu quero te chamar de Lais.
- Para eu vou te bater.
- Eia, é agressiva?
-Sou, demais, eu gosto de bater nas pessoas.
- Vem bater em mim que eu te bato também. Ele riu
-Que? Que covarde você em.
-Claro, tenho que me defender não é?
-Como você é feio e sem graça.
-Como? Eu sou lindo, gostoso e cheio da graça? Claro que eu sou.
- Idiota. Segurei para não rir.
Tocou o sinal, então acabou o recreio. Ele me olhou, e sorrio
-Até que enfim acabou, não aguentava mais te olhar.
-Não mente LAIS, não mente que tá gamada em mim.
-Aham, quem sabe na próxima vida. Sai rindo.
Na aula de Ciências eu já tinha terminado de fazer a atividade, então eu resolvi pegar meu diário e contar os acontecimentos de hoje.
Oi amigo querido que eu posso contar tudo que eu penso e que nunca vai revelar meus segredos, hehe. Bom diário, hoje eu estava indo para aula e minha amiga começou a rir de mim porque eu sai de casa sem pentear o cabelo e com a roupa do pijama, af. Então eu voltei pra casa pra trocar de roupa lógico, não ia ir de pijama e com o cabelo igual um repolho pra escola, quando eu estava a caminho da escola novamente, eu bem burra não vi o carro que estava vindo, e ele deu uma freada e eu me assustei, e cai no chão . Então o menino burro que estava dirigindo desceu e veio me perguntar se tinha me machucado. Ai ele é muito chato, feio, idiota, e quase nem se acha sabe, eu já odeio ele mais que tudo na minha vida cara, tipo, ele deve me amar demais, tadinho acha que eu amo ele, mereço mesmo. Bom diário, vou prestar atenção nessa aula chata, que a professora está me olhando com uma cara de fome. Hahaha beijos.
Acabou a aula, e eu estava indo embora, e adivinha só quem estava no portão? É, o Eric. Eu passei por ele e fiz de conta que nem conhecia, dai pra chamar minha atenção ele gritou,
-OLHA A ATRAPALHADA. Eu olhei para ele irritada, e disse bem baixo, -
cala essa tua boca ou eu te arrebento. E ele começou a rir. Eu estava indo embora sozinha, porque a Bruna ia ficar até mais tarde na escola com a Yasmin. Só me restou ir sozinha mesmo, eu tenho muito medo de ir embora sozinha, mais eu tive que superar o medo. Indo embora, já estava escurecendo, vejo dois garotos estranhos e mal encarados andando atrás de mim, fiquei com medo e tentei andar mais rápido pra eles não me alcançarem, e eles pareciam andar de acordo com os meus passos, meu coração começou bater a mil, minhas mãos estavam frias igual gelo, eu estava tremendo de medo, escutei um deles falar algo do tipo-
pega a bolsa e eu pego ela.
Então comecei a correr, e eles correram atrás de mim, eu não tinha mais fôlego para correr, estava cansada, e parei, quando me dei conta, eles estavam na minha frente, um pegou minha bolsa, e o outro começou tentar me beijar, e tirar minha blusa, não me restava nada mais a fazer além de gritar. Eu já não conseguia entender nada, só sei que quando abri os olhos, o Eric estava ali, ele me perguntou como estava me sentindo, e se eles tinham me machucado. Eu não conseguia responder, só sabia chorar, então ele me levou pra casa e explicou para os meus pais o que tinha acontecido.
Acordei sem vontade de ir a escola, e com medo de encontrar aqueles dois de novo, e minha mãe disse que tinha visita pra mim, e eu mandei ela deixar entrar.. Eu estava ridicula, meu cabelo parecia um leão, virei pro lado, e quando vi alguém bateu na porta do meu quarto e eu mandei entrar, olhei pra ver quem era, e era ele, era o Eric, na hora eu fiquei sem fala, não entendi o porque ele estava ali na minha casa, porque estava preocupado comigo, e porque me ajudou ontem a noite. Eu olhei pra ele, e ele sorriu pra mim.
- Porque você está aqui Eric? Porque me ajudou ontem? E porque está preocupado comigo?
- Ei Laís, calma, uma pergunta de cada vez. Eu tô aqui porque queria ver como você estava se sentindo. Te ajudei ontem, porque os garotos iam te estupra. E to preocupado porque não quero que te façam mal.
- E porque não quer? O que isso importa? Ontem você quase me matou, e depois deu uma de super herói.
-Nossa cara, se eu soubesse que era assim que tu ia me agradecer nem tinha te ajudado.
-Desculpa, eu estou meio irritada com o que aconteceu ontem, e sei lá, não to bem pra conversar hoje.
-Ja é. Vai na aula?
-Não, estou sem cabeça pra isso.
- Que bom, eu vou ficar aqui na sua casa.
- Que? Fazendo o que na minha casa?
-Cuidando de você. Sua mãe vai sair pra resolver uns negócios que ela não me falou o que é, mais só disse que é pra mim tomar conta de você.
- Hahaha, que graça você. Você vai ficar ai, vai fazer algo útil e não ficar me olhando a manhã toda.
- Ata, até porque vou ficar aqui, manhã, tarde e noite, entendi.
- QUE? Minha mãe só pode estar louca.
-É po. Ontem ela me contou um pouco do que esta acontecendo aqui na casa de vocês.
-Nossa minha mãe não perde a mania de ficar contando a vida dela pra qualquer um que aparece.
-Eu não sou qualquer um Lais.
-Eu já te disse que é Laís. E é qualquer um sim, ela nem te conhece.
-Mas ela pode confiar em mim, assim como você pode confiar e começar a me contar porque você é revoltada.
- Vai se ferrar Eric, eu não sou tão revoltada. E como não vou ser assim, você não sabe nada sobre a minha vida, você não sabe nem minha idade, e quer saber porque sou revoltada, se toca.
- Depois ainda diz que não é revoltada parece ser feliz demais sabia?
- As aparências enganam, feliz eu? Queria ser viu.
- Relaxa, comigo na tua vida agora vai ser só felicidade.
- Ai guri deixa de ser nojento, fica se achando, acorda. Dei um tapa na cabeça dele.
- Que? Não posso fazer nada se sou tudo de bom.
- Talvez na próxima reencarnação. Eu vou lá comer alguma coisa, vem comigo porque não gosto que fique no meu quarto.
- Hum, que que tem aqui nesse quarto? Coisas proibidas é?
- Vai te ferrar, desce. Dei outro tapa nele.
- O cara, para de me bater.
- Para de falar merda.
Olhei pra ele irritada, abri a geladeira peguei as coisas, comecei a comer e ele ficou me olhando, e isso foi me irritando, eu odeio que as pessoas fiquem com o olhar fixo em mim, eu estava a ponto de mandar ele se ferrar de novo, que saco esse menino, onde minha mãe estava com a cabeça quando decidiu deixar ele como meu babá! Mereço isso mesmo. E ele não parou de me olhar.
- Que foi Erice? Para de me olhar, isso que me irrita.
-Não vou parar, você atá comendo na minha frente e nem me ofereceu.
- Dá minha mãe te deixou como meu babá, e não me disse que era pra te alimentar seu troglodita.
- A bom, vou te deixar sozinha aqui e se os caras entrar aqui te pegam e aja era.
Ele saiu, e eu continuei a comer.. então comecei pensar no que ele disse, e sai correndo atras dele, e comecei gritar o nome dele na rua, e não via ele em lugar nenhum e comecei a chorar, não sei porque comecei chorar, mais eu chorei, e quando vejo, tem alguém rindo de mim encostado na parede da minha casa. Eu olhei pra ele com muito ódio, e fui até ele e disse seu idiota, ridículo, eu te odeio mais que tudo, comecei a dar tapas nele, e chorando. Ele me segurou pelos braços, e ficou me olhando, eu me soltei, e entrei pra dentro de casa irritada.
- Bom Eric eu vou subir, você vai ficar ai embaixo?
- Vou ficar vendo televisão, pode deixar que não vou te irritar mais não. Só to aqui ainda porque falei pra tua mãe que não ia te deixar sozinha.
-Hum tá bom.
Subi as escadas furiosa, bati a porta do meu quarto, me joguei na cama e comecei dar soco no travesseiro, quando me dei conta eu estava chorando de novo, nossa cara esse Eric está me deixando sentimental e isso está me irritando demais. Resolvi escrever no meu diário.
Ai diário, sabe aquele menino que eu comentei a respeito? O tal Eric? Então.. acho que ele e minha mãe se deram muito bem ontem e ela resolveu deixar ele aqui cuidando de mim hoje enquanto ela foi fazer umas coisas. Mais está acontecendo umas coisas esquisitas demais comigo, eu não sei ao certo, mais ele está me fazendo chorar, sem tocar em mim, e sem dizer nada, isso nunca aconteceu antes, vou dizer pra minha mãe me levar no médico, acho que estou ficando doida sabe.. Ai diário eu queria que você falasse pra poder me dizer o que fazer. Ele me irrita mas eu não quero sair de perto dele, não sei explicar, ele me trás paz, mas me deixa nervosa, eu quero sumir, alguém poderia me mata? Vou lá embaixo ver se ele não esta destruindo minha casa.
Cheguei na sala, ele estava deitado no sofá, a televisão ligada, e eu chamei ele pelo nome e ele não me respondeu, então eu cheguei mais perto pra ver se tinha morrido ou coisa assim, e ele estava dormindo, ele parecia um anjo, estava mais lindo do que os outros dias. Eu fui chegando mais perto dele, seu perfume era bom, era doce, me deixava alucinada, e então ele abriu os olhos, e eu tomei um susto, fiquei vermelha.
- Laís? O que foi?
-Ah, é nada.. Eu só achei que estava tudo muito quieto e desci pra ver o que você tava fazendo e você dormiu.
-É e porque você tava tão perto de mim?
- Eu? Que? Maluco você em. Eu só queria te dar um susto, só isso.
- Acredito. Mas não precisa tentar muito, porque só de olhar pro teu cabelo que você não passou uma escova hoje, eu já ficou muito assustado.
- Ai você é chato, você fica vendo meus defeitos. Levantei do chão, e ele me puxou pelo braço, eu cai em cima dele, ele ficou me olhando, e eu não conseguia sair, tinha um ima que me puxava mais e mais pra perto dele.
- Você fica linda irritada sabia?
-É, não.
-É, agora você já sabe. Ele segurou meu rosto, e foi aproximando seus lábios dos meus.
- Não. Levantei e subi correndo.
Ouvi alguém bater na porta do meu quarto e mandei entrar, eu sabia que era ele.
-Laís? Foi sem querer, faz de conta que aquilo não aconteceu, e esquece tudo que eu disse. Ele sentou do meu lado. Eu olhei pra ele
- Tudo bem, já esqueci. Sorri
- Que bom. Me dá um abraço?
- Só porque eu sou linda demais.
Dei um abraço nele, foi o melhor abraço da minha vida, ele me deu um beijo no rosto, mas foi diferente, aquele beijo demorou.
Ouvi a porta da sala bater, sinal de que a minha mãe chegou. O Eric me olhou com quem diz " eu não acredito que já acabou". Minha mãe abriu a porta do meu quarto e viu agente ali vendo um filme, e disse que o Eric não precisava ir embora ainda que estava cedo e que já já ela iria sair de novo. Eu olhei pra ele e ele sorrio pra minha mãe. Então continuamos a ver o filme era de terror e eu tenho medo, deu uma cena muito forte, eu abracei o Eric com muita força, e ele retribuiu o abraço.
Eu soltei ele, e agente ficou se olhando, do nada ficou tudo escuro, e eu falei:
-Eu tenho medo, procura vela lá na cozinha.
-Você tem medo e quer ficar sozinha aqui?
-Não, mas eu não quero o escuro.
-Eu estou aqui, deve ter sido alguma batida de carro em algum poste.
Ficamos em silencio por um bom tempo e nada da luz. Então eu olhei pra ele e perguntei;
- No que você tá pensando?
- Nada. E você?
- Nada também. Qual o melhor dia da semana pra você?
-Sexta. O que mais gosta de fazer?
-Dormir. Um sonho?
-Ser o melhor surfista do mundo. Um medo?
-Perder minha mãe. Um numero?
- Três. Uma cor?
-Rosa. O que queria fazer agora?
-Te beijar até o mundo acabar. Um desejo?
-Beijar na chuva. Um desejo?
-Ser quem te beija.
Fiquei quieta, e olhei pra ele. E ele perguntou,
- Uma resposta?
- Tá muito cedo pra isso.
-O que eu posso fazer, se eu me apaixonei por você a primeira vez que te vi?
Eu fiquei quieta, ele segurou meu queixo, e me fez olhar pra ele.
- Laís, acho que eu nunca senti isso por nenhuma menina antes, você é única, eu não consigo pensar em mais nada, essa tarde pra mim está sendo um sonho, antes de você aparecer eu já te esperava, sonhava com você todas as noites, eu sabia que a mulher dos meus sonhos ia aparecer.
- Eu não sei o que dizer.
- Não diga nada. Ele foi chegando mais perto de mim, eu senti o calor dos seus lábios, senti seu hálito, sua respiração, meu coração bateu a mil, e quando estava chegando a hora do beijo, a luz voltou. Eu levantei olhei pra ele e disse:
-É, vamos lá embaixo ligar as luzes.
-Merda.
- Que?
-Nada, vamos.
Descemos acendemos as luzes e subimos para o meu quarto. Ficamos em silencio, até porque eu não tinha mais nada pra dizer depois da linda declaração dele, eu só tinha que pensar no que fazer e em um resposta boa para não magoar ele, acho que eu estava apaixonada por ele, meu pensamento era fixo nele, queria estar perto dele a toda hora, me dava raiva ver aquelas meninas da escola tudo babando por ele, eu resolvi que iria ficar com ele e que iria contar isso pra ele, nao sei quando vou falar nao sei se vou ter coragem pra isso, mas guardar esse sentimento todo pra mim não dá, eu preciso dele assim como o céu precisa das estrelas, como um coração precisa da sua batida, como um recem nascido precisa de sua mãe, eu preciso dele pra sempre do meu lado. Não sei, não estou me entendendo isso tudo está tão confuso, eu quero beijar ele, mais tenho medo de acontecer algo mais que isso, tenho medo de me entregar e sofrer.
- Eric, eu..
- Fala
- É que, eu não sei explicar.
- Como assim?
- Eu não tenho como ficar longe de você, parece que é um ima que me atrai pra perto de você, meus sonhos você entrar, meu pensamento é só em você, eu fica vermelha quando estou do teu lado, eu não me controlo, eu quero te beijar, mais eu tenho medo de me entregar, eu quero ser sua, eu te quero pra mim, mas eu não sei se vou conseguir te fazer feliz, eu não sei se sou boa o bastante pra você, eu não sei o que te falar.
Ele ficou me olhando, eu fiquei sem graça, eu queria sumir naquele momento, mais eu estava aliviada por ter contado o que eu sentia. E quando eu fui tentar falar ele se aproximou de mim, olhou nos meus olhos e disse " eu te quero pra toda vida, você, só você vai me fazer feliz, e se não for você não será mais ninguém" eu segurei o rosto dele, e disse " eu te amo", e então nossos lábios se tocaram, eu pude sentir meu coração pulando, minha respiração ofegante, seus braços envolviam minha cintura, sua boca era o céu, e eu estava perdida entre as estrelas, foi um beijo bom, um beijo molhado, um beijo com amor, o melhor beijo do mundo. Paramos o beijo, com um selinho, ele me olhou e disse;
-Eu realizei meu sonho.
-Qual sonho?
-Te ter pra mim.
-Esse era seu sonho?
-Sempre foi.
Minha mãe chegou e estava na hora do Eric ir pra casa, eu levei ele até a porta.
- Obrigada por ter feito do meu dia, o melhor do mundo.
- Eu que tenho que te agradecer por ser tudo que eu sempre procurei.
Então nos beijamos, e ele se foi.
Acordei no meio noite, feliz, sorrindo, e liguei pra ele.
-Alô?
-Eric
-Amor.
-Sonhei com você.
-É? E como foi?
-Eu não lembro.
-Ué e como sabe que sonhou?
-Eu acordei feliz.
Meus pais estão meio que separando, e não param de brigar, todos os dias têm um motivo novo para começar uma briga. Meu pai se chama Hugo e minha mãe Maria, minha mãe pegou meu pai com outra na nossa casa quando ela estava chegando do mercado, e meu pai jura de pés juntos que foi a mulher quem se ofereceu. Minha avó se chama Vera e vive sempre se metendo na relação dos meus pais, e acredite.. isso deixa minha mãe muito irritada, minha avó acha que minha mãe não é suficiente para o meu pai e que não está nem ai pra ele e sim para o dinheiro que ele tem. Bom, minha mãe está me chamando para tomar café. Beijos diário.
Fecho a porta do meu quarto, coloco a chave na minha bolsa (não deixo a chave do meu quarto em casa, tem muitas coisas comprometedoras ali) Na escada eu já escuto meus pais discutindo.
- Bom dia mãe, bom dia pai.
- Bom dia só se for pra você filha, por que pra mim não tem nada de bom, seu pai não faz nada, só sabe incomodar e não quer sair de casa.
- Maria para com isso que nossas filhas não têm nada haver.
- Como é que é Hugo? Elas não têm que saber que você estava me traindo com a faxineira do segundo andar? É isso?
- Chega Maria. Chega, não aguento mais você e suas loucuras, chega!
- Parem vocês, mas que droga, todo dia uma briga, isso cansa a gente, se não se suportam mais se separem, e para logo com essa droga de vida, isso nos atingi, isto é péssimo. - Levanto, pego uma maçã. Estou indo pra escola, tchau. -Bato a porta.
Minhas amigas estavam me esperando na praça, e então seguimos para a escola. Yasmin era a mais abusada e não tinha vergonha na cara, falava o que tinha que falar e foda-se o sentimento dos outros, Já a Bruna era diferente... Ela não queria magoar ninguém e não se metia em nada, se alguém quisesse conversar ela estava ali disposta a escutar.
E ai Laís, sua casa continua um inferno?
Ah Yasmin, a cada dia que passa as coisas ficam piores viu... Até pensei que eles iam parar com essa história de querer separar e de discutir, mas minha mãe não é fácil de lidar, quando ela pega um assunto ela vai até o fim.
Yasmin começou a rir sem parar. Eu olhei pra ela sem entender nada, e vi Bruna dando um beliscão nela.
- Do que tá rindo Yasmin? Perguntei irritada.
-Deve ser pelas brigas que você está tendo em casa que veio sem pentear o cabelo e com a blusa do pijama né?
- Caramba, esqueci de por outra blusa. Vão indo na frente que eu vou voltar pra casa e me arrumar.
- já é. Falaram as duas.
Cheguei em casa, peguei uma blusa qualquer, prendi meu cabelo sem pentear mesmo, escovei os dentes (nem isso eu tinha feito), peguei minha bolsa, e fui pra escola. A caminho da escola passou um carro e quase me levou junto, eu cai no chão, e então o cara que estava dirigindo desceu e foi ver se eu estava bem.
- Ei mina, te machuquei?
Olhei pra ele, fiquei sem fala, ele era lindo, parecia um anjo, tinha cabelos pretos, olhos verdes e um sorriso lindo.
- É.. Não tá tudo bem, eu só fiquei meio assustada, mas tá tudo bem.
-Ah que bom. Não quer que te leve no médico nem nada?
-Eric! escuto alguém chamar ele por esse nome.
Ele olha pra trás e fala que já vai.
- Bom, eu tô atrasada pra escola, então... tô indo, e desculpa por quase ter feito você me matar. Sorrio meio sem graça
- Tudo bem, eu que tenho que pedir desculpas por estar querendo aprender dirigir assim.
Ele vai indo em direção ao carro, eu levanto do chão, e sigo o caminho para a escola. Cheguei atrasada na segunda aula.
Bati na porta.
- Licença, posso entrar?
- Você está atrasada Laís. Falou a professora.
- É, eu sei, desculpa. Entrei e sentei lá trás.
Sinto alguém me cutucando. Olho para trás, e era Yasmin.
-Nossa você demorou em menina, o que estava fazendo?
-Ah aconteceu umas paradas no caminhos, depois eu te conto.
-Ah não Laís conta agora.
- Vocês duas querem conversar lá fora? Perguntou a professora
- Não professora, desculpa.
Hora do intervalo.. Esperei a Bruna e Yasmin chegarem até mim.
- Mais e ai, porque você demorou tanto Laís? me perguntou a Bruna
-Bom, eu estava vindo pra escola, meio atrapalhada e não vi o carro que estava vindo na minha frente, e então ele freou e eu me assustei e cai no chão. Depois desceu um anjo do carro, e perguntou se tinha me machucado e tal, e eu disse que não, foi só isso.
-Ele era lindo? Como ele era? Ai conta tudo, conta conta conta.
-Tudo bem Yas, calma. Bom, ele era moreno, tinha o cabelo preto, alto, forte, e tinha os olhos verdes.
Olhei para o lado e fiquei de boca aberta.
-AI MEU DEUS, NÃO, AI MEU DEUS. Yasmin e Bruna me olharam sem entender nada e perguntaram.
- O que foi Laí? Você está bem?
- Ele, ele ali, foi ele, o menino que quase me matou, foi ele cara, aquele Deus ali, foi ele juro que foi ele.
-Nossa, que lindo. Vai lá falar com ele Laí.
- Não Yasmin, você é louca? Eu em.
- Louca por que? Louca é você que não vai falar com ele.
- É você não vai mais ele está vindo para cá Laís. Falou a Bruna com um sorriso nos lábios.
-Ai meu Deus o que eu faço agora? Me ajudem, eu tenho que fugir.
- Não mesmo você vai é ficar aqui.
Vi ele se aproximando, sorrindo, parecia um anjo, acho que eu estava sonhando, eu precisava de um beliscão pra acordar, na verdade se aquilo fosse um sonho eu queria dormir pra sempre.
-Ei menina atrapalhada. Falou ele sorrindo.
-Oi menino que quase me matou. Sorri para ele sem graça
Ele começou a rir..
.-Foi mal, nem cheguei me apresentar, meu pai ficou me apressando, mas então, foi mal quase te matar viu, mal mesmo.
-Ah tudo bem, eu que sou atrapalhada mesmo. Mas qual seu nome?
- Eric, e o seu?
-Laís
- Hum, prazer então Lais
-Não, é LAÍS.
- É, mais eu quero te chamar de Lais.
- Para eu vou te bater.
- Eia, é agressiva?
-Sou, demais, eu gosto de bater nas pessoas.
- Vem bater em mim que eu te bato também. Ele riu
-Que? Que covarde você em.
-Claro, tenho que me defender não é?
-Como você é feio e sem graça.
-Como? Eu sou lindo, gostoso e cheio da graça? Claro que eu sou.
- Idiota. Segurei para não rir.
Tocou o sinal, então acabou o recreio. Ele me olhou, e sorrio
-Até que enfim acabou, não aguentava mais te olhar.
-Não mente LAIS, não mente que tá gamada em mim.
-Aham, quem sabe na próxima vida. Sai rindo.
Na aula de Ciências eu já tinha terminado de fazer a atividade, então eu resolvi pegar meu diário e contar os acontecimentos de hoje.
Oi amigo querido que eu posso contar tudo que eu penso e que nunca vai revelar meus segredos, hehe. Bom diário, hoje eu estava indo para aula e minha amiga começou a rir de mim porque eu sai de casa sem pentear o cabelo e com a roupa do pijama, af. Então eu voltei pra casa pra trocar de roupa lógico, não ia ir de pijama e com o cabelo igual um repolho pra escola, quando eu estava a caminho da escola novamente, eu bem burra não vi o carro que estava vindo, e ele deu uma freada e eu me assustei, e cai no chão . Então o menino burro que estava dirigindo desceu e veio me perguntar se tinha me machucado. Ai ele é muito chato, feio, idiota, e quase nem se acha sabe, eu já odeio ele mais que tudo na minha vida cara, tipo, ele deve me amar demais, tadinho acha que eu amo ele, mereço mesmo. Bom diário, vou prestar atenção nessa aula chata, que a professora está me olhando com uma cara de fome. Hahaha beijos.
Acabou a aula, e eu estava indo embora, e adivinha só quem estava no portão? É, o Eric. Eu passei por ele e fiz de conta que nem conhecia, dai pra chamar minha atenção ele gritou,
-OLHA A ATRAPALHADA. Eu olhei para ele irritada, e disse bem baixo, -
cala essa tua boca ou eu te arrebento. E ele começou a rir. Eu estava indo embora sozinha, porque a Bruna ia ficar até mais tarde na escola com a Yasmin. Só me restou ir sozinha mesmo, eu tenho muito medo de ir embora sozinha, mais eu tive que superar o medo. Indo embora, já estava escurecendo, vejo dois garotos estranhos e mal encarados andando atrás de mim, fiquei com medo e tentei andar mais rápido pra eles não me alcançarem, e eles pareciam andar de acordo com os meus passos, meu coração começou bater a mil, minhas mãos estavam frias igual gelo, eu estava tremendo de medo, escutei um deles falar algo do tipo-
pega a bolsa e eu pego ela.
Então comecei a correr, e eles correram atrás de mim, eu não tinha mais fôlego para correr, estava cansada, e parei, quando me dei conta, eles estavam na minha frente, um pegou minha bolsa, e o outro começou tentar me beijar, e tirar minha blusa, não me restava nada mais a fazer além de gritar. Eu já não conseguia entender nada, só sei que quando abri os olhos, o Eric estava ali, ele me perguntou como estava me sentindo, e se eles tinham me machucado. Eu não conseguia responder, só sabia chorar, então ele me levou pra casa e explicou para os meus pais o que tinha acontecido.
Acordei sem vontade de ir a escola, e com medo de encontrar aqueles dois de novo, e minha mãe disse que tinha visita pra mim, e eu mandei ela deixar entrar.. Eu estava ridicula, meu cabelo parecia um leão, virei pro lado, e quando vi alguém bateu na porta do meu quarto e eu mandei entrar, olhei pra ver quem era, e era ele, era o Eric, na hora eu fiquei sem fala, não entendi o porque ele estava ali na minha casa, porque estava preocupado comigo, e porque me ajudou ontem a noite. Eu olhei pra ele, e ele sorriu pra mim.
- Porque você está aqui Eric? Porque me ajudou ontem? E porque está preocupado comigo?
- Ei Laís, calma, uma pergunta de cada vez. Eu tô aqui porque queria ver como você estava se sentindo. Te ajudei ontem, porque os garotos iam te estupra. E to preocupado porque não quero que te façam mal.
- E porque não quer? O que isso importa? Ontem você quase me matou, e depois deu uma de super herói.
-Nossa cara, se eu soubesse que era assim que tu ia me agradecer nem tinha te ajudado.
-Desculpa, eu estou meio irritada com o que aconteceu ontem, e sei lá, não to bem pra conversar hoje.
-Ja é. Vai na aula?
-Não, estou sem cabeça pra isso.
- Que bom, eu vou ficar aqui na sua casa.
- Que? Fazendo o que na minha casa?
-Cuidando de você. Sua mãe vai sair pra resolver uns negócios que ela não me falou o que é, mais só disse que é pra mim tomar conta de você.
- Hahaha, que graça você. Você vai ficar ai, vai fazer algo útil e não ficar me olhando a manhã toda.
- Ata, até porque vou ficar aqui, manhã, tarde e noite, entendi.
- QUE? Minha mãe só pode estar louca.
-É po. Ontem ela me contou um pouco do que esta acontecendo aqui na casa de vocês.
-Nossa minha mãe não perde a mania de ficar contando a vida dela pra qualquer um que aparece.
-Eu não sou qualquer um Lais.
-Eu já te disse que é Laís. E é qualquer um sim, ela nem te conhece.
-Mas ela pode confiar em mim, assim como você pode confiar e começar a me contar porque você é revoltada.
- Vai se ferrar Eric, eu não sou tão revoltada. E como não vou ser assim, você não sabe nada sobre a minha vida, você não sabe nem minha idade, e quer saber porque sou revoltada, se toca.
- Depois ainda diz que não é revoltada parece ser feliz demais sabia?
- As aparências enganam, feliz eu? Queria ser viu.
- Relaxa, comigo na tua vida agora vai ser só felicidade.
- Ai guri deixa de ser nojento, fica se achando, acorda. Dei um tapa na cabeça dele.
- Que? Não posso fazer nada se sou tudo de bom.
- Talvez na próxima reencarnação. Eu vou lá comer alguma coisa, vem comigo porque não gosto que fique no meu quarto.
- Hum, que que tem aqui nesse quarto? Coisas proibidas é?
- Vai te ferrar, desce. Dei outro tapa nele.
- O cara, para de me bater.
- Para de falar merda.
Olhei pra ele irritada, abri a geladeira peguei as coisas, comecei a comer e ele ficou me olhando, e isso foi me irritando, eu odeio que as pessoas fiquem com o olhar fixo em mim, eu estava a ponto de mandar ele se ferrar de novo, que saco esse menino, onde minha mãe estava com a cabeça quando decidiu deixar ele como meu babá! Mereço isso mesmo. E ele não parou de me olhar.
- Que foi Erice? Para de me olhar, isso que me irrita.
-Não vou parar, você atá comendo na minha frente e nem me ofereceu.
- Dá minha mãe te deixou como meu babá, e não me disse que era pra te alimentar seu troglodita.
- A bom, vou te deixar sozinha aqui e se os caras entrar aqui te pegam e aja era.
Ele saiu, e eu continuei a comer.. então comecei pensar no que ele disse, e sai correndo atras dele, e comecei gritar o nome dele na rua, e não via ele em lugar nenhum e comecei a chorar, não sei porque comecei chorar, mais eu chorei, e quando vejo, tem alguém rindo de mim encostado na parede da minha casa. Eu olhei pra ele com muito ódio, e fui até ele e disse seu idiota, ridículo, eu te odeio mais que tudo, comecei a dar tapas nele, e chorando. Ele me segurou pelos braços, e ficou me olhando, eu me soltei, e entrei pra dentro de casa irritada.
- Bom Eric eu vou subir, você vai ficar ai embaixo?
- Vou ficar vendo televisão, pode deixar que não vou te irritar mais não. Só to aqui ainda porque falei pra tua mãe que não ia te deixar sozinha.
-Hum tá bom.
Subi as escadas furiosa, bati a porta do meu quarto, me joguei na cama e comecei dar soco no travesseiro, quando me dei conta eu estava chorando de novo, nossa cara esse Eric está me deixando sentimental e isso está me irritando demais. Resolvi escrever no meu diário.
Ai diário, sabe aquele menino que eu comentei a respeito? O tal Eric? Então.. acho que ele e minha mãe se deram muito bem ontem e ela resolveu deixar ele aqui cuidando de mim hoje enquanto ela foi fazer umas coisas. Mais está acontecendo umas coisas esquisitas demais comigo, eu não sei ao certo, mais ele está me fazendo chorar, sem tocar em mim, e sem dizer nada, isso nunca aconteceu antes, vou dizer pra minha mãe me levar no médico, acho que estou ficando doida sabe.. Ai diário eu queria que você falasse pra poder me dizer o que fazer. Ele me irrita mas eu não quero sair de perto dele, não sei explicar, ele me trás paz, mas me deixa nervosa, eu quero sumir, alguém poderia me mata? Vou lá embaixo ver se ele não esta destruindo minha casa.
Cheguei na sala, ele estava deitado no sofá, a televisão ligada, e eu chamei ele pelo nome e ele não me respondeu, então eu cheguei mais perto pra ver se tinha morrido ou coisa assim, e ele estava dormindo, ele parecia um anjo, estava mais lindo do que os outros dias. Eu fui chegando mais perto dele, seu perfume era bom, era doce, me deixava alucinada, e então ele abriu os olhos, e eu tomei um susto, fiquei vermelha.
- Laís? O que foi?
-Ah, é nada.. Eu só achei que estava tudo muito quieto e desci pra ver o que você tava fazendo e você dormiu.
-É e porque você tava tão perto de mim?
- Eu? Que? Maluco você em. Eu só queria te dar um susto, só isso.
- Acredito. Mas não precisa tentar muito, porque só de olhar pro teu cabelo que você não passou uma escova hoje, eu já ficou muito assustado.
- Ai você é chato, você fica vendo meus defeitos. Levantei do chão, e ele me puxou pelo braço, eu cai em cima dele, ele ficou me olhando, e eu não conseguia sair, tinha um ima que me puxava mais e mais pra perto dele.
- Você fica linda irritada sabia?
-É, não.
-É, agora você já sabe. Ele segurou meu rosto, e foi aproximando seus lábios dos meus.
- Não. Levantei e subi correndo.
Ouvi alguém bater na porta do meu quarto e mandei entrar, eu sabia que era ele.
-Laís? Foi sem querer, faz de conta que aquilo não aconteceu, e esquece tudo que eu disse. Ele sentou do meu lado. Eu olhei pra ele
- Tudo bem, já esqueci. Sorri
- Que bom. Me dá um abraço?
- Só porque eu sou linda demais.
Dei um abraço nele, foi o melhor abraço da minha vida, ele me deu um beijo no rosto, mas foi diferente, aquele beijo demorou.
Ouvi a porta da sala bater, sinal de que a minha mãe chegou. O Eric me olhou com quem diz " eu não acredito que já acabou". Minha mãe abriu a porta do meu quarto e viu agente ali vendo um filme, e disse que o Eric não precisava ir embora ainda que estava cedo e que já já ela iria sair de novo. Eu olhei pra ele e ele sorrio pra minha mãe. Então continuamos a ver o filme era de terror e eu tenho medo, deu uma cena muito forte, eu abracei o Eric com muita força, e ele retribuiu o abraço.
Eu soltei ele, e agente ficou se olhando, do nada ficou tudo escuro, e eu falei:
-Eu tenho medo, procura vela lá na cozinha.
-Você tem medo e quer ficar sozinha aqui?
-Não, mas eu não quero o escuro.
-Eu estou aqui, deve ter sido alguma batida de carro em algum poste.
Ficamos em silencio por um bom tempo e nada da luz. Então eu olhei pra ele e perguntei;
- No que você tá pensando?
- Nada. E você?
- Nada também. Qual o melhor dia da semana pra você?
-Sexta. O que mais gosta de fazer?
-Dormir. Um sonho?
-Ser o melhor surfista do mundo. Um medo?
-Perder minha mãe. Um numero?
- Três. Uma cor?
-Rosa. O que queria fazer agora?
-Te beijar até o mundo acabar. Um desejo?
-Beijar na chuva. Um desejo?
-Ser quem te beija.
Fiquei quieta, e olhei pra ele. E ele perguntou,
- Uma resposta?
- Tá muito cedo pra isso.
-O que eu posso fazer, se eu me apaixonei por você a primeira vez que te vi?
Eu fiquei quieta, ele segurou meu queixo, e me fez olhar pra ele.
- Laís, acho que eu nunca senti isso por nenhuma menina antes, você é única, eu não consigo pensar em mais nada, essa tarde pra mim está sendo um sonho, antes de você aparecer eu já te esperava, sonhava com você todas as noites, eu sabia que a mulher dos meus sonhos ia aparecer.
- Eu não sei o que dizer.
- Não diga nada. Ele foi chegando mais perto de mim, eu senti o calor dos seus lábios, senti seu hálito, sua respiração, meu coração bateu a mil, e quando estava chegando a hora do beijo, a luz voltou. Eu levantei olhei pra ele e disse:
-É, vamos lá embaixo ligar as luzes.
-Merda.
- Que?
-Nada, vamos.
Descemos acendemos as luzes e subimos para o meu quarto. Ficamos em silencio, até porque eu não tinha mais nada pra dizer depois da linda declaração dele, eu só tinha que pensar no que fazer e em um resposta boa para não magoar ele, acho que eu estava apaixonada por ele, meu pensamento era fixo nele, queria estar perto dele a toda hora, me dava raiva ver aquelas meninas da escola tudo babando por ele, eu resolvi que iria ficar com ele e que iria contar isso pra ele, nao sei quando vou falar nao sei se vou ter coragem pra isso, mas guardar esse sentimento todo pra mim não dá, eu preciso dele assim como o céu precisa das estrelas, como um coração precisa da sua batida, como um recem nascido precisa de sua mãe, eu preciso dele pra sempre do meu lado. Não sei, não estou me entendendo isso tudo está tão confuso, eu quero beijar ele, mais tenho medo de acontecer algo mais que isso, tenho medo de me entregar e sofrer.
- Eric, eu..
- Fala
- É que, eu não sei explicar.
- Como assim?
- Eu não tenho como ficar longe de você, parece que é um ima que me atrai pra perto de você, meus sonhos você entrar, meu pensamento é só em você, eu fica vermelha quando estou do teu lado, eu não me controlo, eu quero te beijar, mais eu tenho medo de me entregar, eu quero ser sua, eu te quero pra mim, mas eu não sei se vou conseguir te fazer feliz, eu não sei se sou boa o bastante pra você, eu não sei o que te falar.
Ele ficou me olhando, eu fiquei sem graça, eu queria sumir naquele momento, mais eu estava aliviada por ter contado o que eu sentia. E quando eu fui tentar falar ele se aproximou de mim, olhou nos meus olhos e disse " eu te quero pra toda vida, você, só você vai me fazer feliz, e se não for você não será mais ninguém" eu segurei o rosto dele, e disse " eu te amo", e então nossos lábios se tocaram, eu pude sentir meu coração pulando, minha respiração ofegante, seus braços envolviam minha cintura, sua boca era o céu, e eu estava perdida entre as estrelas, foi um beijo bom, um beijo molhado, um beijo com amor, o melhor beijo do mundo. Paramos o beijo, com um selinho, ele me olhou e disse;
-Eu realizei meu sonho.
-Qual sonho?
-Te ter pra mim.
-Esse era seu sonho?
-Sempre foi.
Minha mãe chegou e estava na hora do Eric ir pra casa, eu levei ele até a porta.
- Obrigada por ter feito do meu dia, o melhor do mundo.
- Eu que tenho que te agradecer por ser tudo que eu sempre procurei.
Então nos beijamos, e ele se foi.
Acordei no meio noite, feliz, sorrindo, e liguei pra ele.
-Alô?
-Eric
-Amor.
-Sonhei com você.
-É? E como foi?
-Eu não lembro.
-Ué e como sabe que sonhou?
-Eu acordei feliz.
terça-feira, 10 de maio de 2011
O primeiro amor
É. não sei ao certo como chamar você, diário, caderno, agenda, mas tudo bem né.. Por enquanto você vai ser o meu amigo que eu posso contar tudo que eu sinto e tudo que eu penso e você nunca, jamais vai revelar meus segredos. Me chamo Laís, moro numa cidade pequena no interior de São Paulo, tenho uma irmã menor que eu, e outra maior.
Meus pais estão meio que separando, e não param de brigar, todos os dias têm um motivo novo para começar uma briga. Meu pai se chama Hugo e minha mãe Maria, minha mãe pegou meu pai com outra na nossa casa quando ela estava chegando do mercado, e meu pai jura de pés juntos que foi a mulher quem se ofereceu. Minha avó se chama Vera e vive sempre se metendo na relação dos meus pais, e acredite.. isso deixa minha mãe muito irritada, minha avó acha que minha mãe não é suficiente para o meu pai e que não está nem ai pra ele e sim para o dinheiro que ele tem. Bom, minha mãe está me chamando para tomar café. Beijos diário.
Fecho a porta do meu quarto, coloco a chave na minha bolsa (não deixo a chave do meu quarto em casa, tem muitas coisas comprometedoras ali) Na escada eu já escuto meus pais discutindo.
- Bom dia mãe, bom dia pai.
- Bom dia só se for pra você filha, por que pra mim não tem nada de bom, seu pai não faz nada, só sabe incomodar e não quer sair de casa.
- Maria para com isso que nossas filhas não têm nada haver.
- Como é que é Hugo? Elas não têm que saber que você estava me traindo com a faxineira do segundo andar? É isso?
- Chega Maria. Chega, não aguento mais você e suas loucuras, chega!
- Parem vocês, mas que droga, todo dia uma briga, isso cansa a gente, se não se suportam mais se separem, e para logo com essa droga de vida, isso nos atingi, isto é péssimo. - Levanto, pego uma maçã. Estou indo pra escola, tchau. -Bato a porta.
Fecho a porta do meu quarto, coloco a chave na minha bolsa (não deixo a chave do meu quarto em casa, tem muitas coisas comprometedoras ali) Na escada eu já escuto meus pais discutindo.
- Bom dia mãe, bom dia pai.
- Bom dia só se for pra você filha, por que pra mim não tem nada de bom, seu pai não faz nada, só sabe incomodar e não quer sair de casa.
- Maria para com isso que nossas filhas não têm nada haver.
- Como é que é Hugo? Elas não têm que saber que você estava me traindo com a faxineira do segundo andar? É isso?
- Chega Maria. Chega, não aguento mais você e suas loucuras, chega!
- Parem vocês, mas que droga, todo dia uma briga, isso cansa a gente, se não se suportam mais se separem, e para logo com essa droga de vida, isso nos atingi, isto é péssimo. - Levanto, pego uma maçã. Estou indo pra escola, tchau. -Bato a porta.
Minhas amigas estavam me esperando na praça, e então seguimos para a escola. Yasmin era a mais abusada e não tinha vergonha na cara, falava o que tinha que falar e foda-se o sentimento dos outros, Já a Bruna era diferente... Ela não queria magoar ninguém e não se metia em nada, se alguém quisesse conversar ela estava ali disposta a escutar.
- E ai Laís, sua casa continua um inferno?
- Ah Yasmin, a cada dia que passa as coisas ficam piores viu... Até pensei que eles iam parar com essa história de querer separar e de discutir, mas minha mãe não é fácil de lidar, quando ela pega um assunto ela vai até o fim.
Yasmin começou a rir sem parar. Eu olhei pra ela sem entender nada, e vi Bruna dando um beliscão nela.
- Do que tá rindo Yasmin? Perguntei irritada.
-Deve ser pelas brigas que você está tendo em casa que veio sem pentear o cabelo e com a blusa do pijama né?
- Caramba, esqueci de por outra blusa. Vão indo na frente que eu vou voltar pra casa e me arrumar.
- já é. Falaram as duas.
Cheguei em casa, peguei uma blusa qualquer, prendi meu cabelo sem pentear mesmo, escovei os dentes (nem isso eu tinha feito), peguei minha bolsa, e fui pra escola. A caminho da escola passou um carro e quase me levou junto, eu cai no chão, e então o cara que estava dirigindo desceu e foi ver se eu estava bem.
- Ei mina, te machuquei?
Olhei pra ele, fiquei sem fala, ele era lindo, parecia um anjo, tinha cabelos pretos, olhos verdes e um sorriso lindo.
- É.. Não tá tudo bem, eu só fiquei meio assustada, mas tá tudo bem.
-Ah que bom. Não quer que te leve no médico nem nada? - -Eric! escuto alguém chamar ele por esse nome.
Ele olha pra trás e fala que já vai.
- Bom, eu tô atrasada pra escola, então... tô indo, e desculpa por quase ter feito você me matar. Sorrio meio sem graça
- Tudo bem, eu que tenho que pedir desculpas por estar querendo aprender dirigir assim.
Ele vai indo em direção ao carro, eu levanto do chão, e sigo o caminho para a escola. Cheguei atrasada na segunda aula.
Bati na porta.
- - Licença, posso entrar?
- Você está atrasada Laís. Falou a professora.
- É, eu sei, desculpa. Entrei e sentei lá trás.
Sinto alguém me cutucando. Olho para trás, e era Yasmin.
-Nossa você demorou em menina, o que estava fazendo?
-Ah aconteceu umas paradas no caminhos, depois eu te conto.
-Ah não Laís conta agora.
- Vocês duas querem conversar lá fora? Perguntou a professora
- Não professora, desculpa.
Hora do intervalo.. Esperei a Bruna e Yasmin chegarem até mim.
- Mais e ai, porque você demorou tanto Laís? me perguntou a Bruna
-Bom, eu estava vindo pra escola, meio atrapalhada e não vi o carro que estava vindo na minha frente, e então ele freou e eu me assustei e cai no chão. Depois desceu um anjo do carro, e perguntou se tinha me machucado e tal, e eu disse que não, foi só isso.
-Ele era lindo? Como ele era? Ai conta tudo, conta conta conta.
-Tudo bem Yas, calma. Bom, ele era moreno, tinha o cabelo preto, alto, forte, e tinha os olhos verdes.
Olhei para o lado e fiquei de boca aberta. - -AI MEU DEUS, NÃO, AI MEU DEUS. Yasmin e Bruna me olharam sem entender nada e perguntaram.
- O que foi Laí? Você está bem?
- Ele, ele ali, foi ele, o menino que quase me matou, foi ele cara, aquele Deus ali, foi ele juro que foi ele.
-Nossa, que lindo. Vai lá falar com ele Laí.
- Não Yasmin, você é louca? Eu em.
- Louca por que? Louca é você que não vai falar com ele.
- É você não vai mais ele está vindo para cá Laís. Falou a Bruna com um sorriso nos lábios.
-Ai meu Deus o que eu faço agora? Me ajudem, eu tenho que fugir.
- Não mesmo você vai é ficar aqui.
Vi ele se aproximando, sorrindo, parecia um anjo, acho que eu estava sonhando, eu precisava de um beliscão pra acordar, na verdade se aquilo fosse um sonho eu queria dormir pra sempre.
-Ei menina atrapalhada. Falou ele sorrindo.
-Oi menino que quase me matou. Sorri para ele sem graça
Ele começou a rir..
.-Foi mal, nem cheguei me apresentar, meu pai ficou me apressando, mas então, foi mal quase te matar viu, mal mesmo.
-Ah tudo bem, eu que sou atrapalhada mesmo. Mas qual seu nome?
- Eric, e o seu?
-Laís
- Hum, prazer então Lais
-Não, é LAÍS.
- É, mais eu quero te chamar de Lais.
- Para eu vou te bater.
- Eia, é agressiva?
-Sou, demais, eu gosto de bater nas pessoas.
- Vem bater em mim que eu te bato também. Ele riu
-Que? Que covarde você em.
-Claro, tenho que me defender não é?
-Como você é feio e sem graça.
-Como? Eu sou lindo, gostoso e cheio da graça? Claro que eu sou.
- Idiota. Segurei para não rir.
Tocou o sinal, então acabou o recreio. Ele me olhou, e sorrio
-Até que enfim acabou, não aguentava mais te olhar.
-Não mente LAIS, não mente que tá gamada em mim.
-Aham, quem sabe na próxima vida. Sai rindo.
Na aula de Ciências eu já tinha terminado de fazer a atividade, então eu resolvi pegar meu diário e contar os acontecimentos de hoje.
sábado, 30 de abril de 2011
Minha heroína.
Acordei sentindo o meu corpo rígido, olhei em volta, um quarto branco, nunca havia visto antes, mas sabia do que se tratava, um hospital. Sim, era um hospital, mas eu queria saber era o motivo de eu estar ali, lembrar-me de algo, porém, além da confusão, eu só conseguia lembrar de um rosto angelical, então desisti. Havia algo mais importante, eu estava em um hospital, algo sério devia ter acontecido comigo, afinal, ninguém vai parar no hospital por nada. Fiz uma rápida inspeção, pernas, braços, pescoço, cabeça, eu estava bem, apesar de estar com a sensação de ter ficado deitada durante séculos, não havia dor nenhuma.
Um homem entrou na sala, cabeça baixa, parecia triste, sentou na poltrona, apoiou a cabeça nas mãos, e ficou fitando o chão. Eu conhecia o seu rosto, era o mesmo que estava em meus pensamentos, mas parecia mais cansado, não sei ao certo, não conseguia vê-lo. Ele ainda estava na posição inicial, e minha curiosidade só aumentava, eu queria saber quem era ele, porque eu estava aqui e porque eu não sabia nada sobre mim mesma.
- Oi. - Arrisquei percebendo minha voz fraca e quase inaudível.
Ele levantou a cabeça repentinamente, encontrando meus olhos, os seus eram brilhantes, cheio de esperança, e rapidamente encheu-se de lágrimas. Já os meus, com certeza havia confusão. Ele aproximou-se da cama, pegou minha mão, limpou minhas lágrimas e me olhou com ternura, senti meu coração acelerar por um momento, mas logo voltou a bater normalmente.
- Minha heroína, eu sabia que voltaria para mim, eu sabia que voltaria para mim, eu sabia que me salvaria, quando eu estava lá, naquele cativeiro no meio do nada, eu só lembrava de você, eu ainda não sabia porque tinham me escolhido, eu só sabia que eu tinha que sobreviver para impedir que você morresse de preocupação.
Eu ficava cada vez mais confusa, cativeiro? Do que ele está falando?
- Desculpa, mas eu não estou entendendo nada. Quero dizer, quem é você? Por que eu estou aqui? Não, quem sou eu? - Perguntei confusa, sem saber o que eu achava que seria mais importante.
Ele deu um longo suspiro. Pegou uma cadeira e pôs ao lado da cama, olhou em meus olhos, e começou.
- Você não se lembra da coisas porque bateu a cabeça, mas eu vou tentar explicar. Nós dois éramos namorados, eu havia acabado de lhe pedir em casamento quando eu fui sequestrado, mas não foi algo comum, por mais estranho que pareça, o cara saiu voando comigo, e me prendeu em algum lugar no meio de uma floresta, não sei ao certo, eu estava preso a nem sei quanto tempo. Para mim era uma eternidade, mas então ela apareceu, a heroína mais clamada por todo o país apareceu para me salvar, - ele abriu um sorriso no canto dos lábios - uma heroína, a minha heroína... eu não sei explicar, eu só vi uma explosão e... de repente, o cara que me sequestrou estava caído morto e você estava caída no meio daquelas árvores, a cabeça sangrando. Depois um amigo nosso chegou, e você veio parar aqui, neste hospital, você entrou em coma e eu descobri que você estava grávida.
Olhei para minha barriga assustada, eu estou grávida? Uma heroína? Como assim? Tipo... Eu vivo salvando o mundo dos vilões malvados?
- Eu estou grávida? De você?
naquilo. Pegou minha mão novamente.
- Isso tudo aconteceu há dois anos, você estava em coma, nossa filha é linda, você vai adorá-la, e aos poucos sua memória vai voltar e... nós vamos continuar nossa vida. Felizes...
Ana Mara
quarta-feira, 20 de abril de 2011
"Você diz que ama a chuva, mas você abre seu guarda-chuva quando chove. Você diz que ama o sol, mas você procura um ponto de sombra quando o sol brilha. Você diz que ama o vento, mas você fecha as janelas quando o vento sopra. É por isso que eu tenho medo. Você também diz que me ama"
William Shakespeare
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Este Blog foi criado com a intenção de dividir com todos professores, pais, alunos, amigos nossos trabalhos. A ideia veio da professora Aline de Português. Todos nossos textos postados aqui, serão lidos por todos que tiverem interessados no assunto, o bom de criar um Blog é que todo mundo vai poder comentar sobre cada postagem nossa, isso é o mais interessante. É bom saber que tem alguém que se interessa em ler o que você escreve, e ainda por cima, comenta a respeito do que foi escrito e nos ajuda a melhorar ainda mais. Antes dos textos serem postados aqui, eles serão corrigidos pela professora, qualquer erro que houver durante as postagens, será culpa nossa na hora da digitação. Estamos no inicio do Blog, mas vamos fazer de tudo para que nossos textos sejam do gosto de cada leitor.
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